Cemitério

Nos séculos II e III ocorreu uma mudança. Os cristãos começaram a adotar o costume pagão de reverenciar mortos. Seu enfoque era a lembrança dos mártires. Assim tiveram início as orações para os santos (que mais tarde viraram ladainhas).

Os cristãos adotaram a prática pagã de refeições em honra dos mortos. Práticas envolvendo o funeral cristão e o canto fúnebre também vieram diretamente do paganismo do século III.

Os cristãos do século III se reuniam em dois tipos de locais: Suas próprias casas e o cemitério. Eles se reuniam no cemitério por desejarem estar perto de seus irmãos mortos.

Eles acreditavam que compartilhar uma refeição em um cemitério onde fora enterrado um mártir significava celebrá-lo e cultuar juntamente com ele.

Como os corpos dos mártires “santos” repousavam ali, começaram a encarar as sepulturas cristãs como “locais santos”. Então os cristãos resolveram construir pequenos monumentos sobre tais locais — especialmente sobre as tumbas de santos famosos. Construir um santuário em cima de uma tumba e chamá-lo “sagrado” também era uma prática pagã.

Por volta do século II, os cristãos passaram a venerar os ossos dos santos, tidos como santos e sagrados. Eventualmente, isso deu origem às coleções de relíquias. A reverência aos mortos foi a maior motivação na formação de comunidades no Império Romano. Agora os cristãos acrescentavam tais coisas à sua própria fé.

Fonte: Cristianismo pagão. Página 48. Frank A. Viola.

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