A cena no vídeo acima é meio surreal, mas aconteceu de verdade, há duas semanas, numa cidadezinha perdida no interior do Irã. Uma picape circula por uma avenida comercial levando na caçamba um sujeito trajando um vestido vermelho enquanto é segurado por policiais com pinta de pelotão de choque. Vários carros da polícia seguem, formando um comboio que desfila diante da população local. Os homens no vídeo usam calça larga, tipo bombacha gaúcha, típica da região do Curdistão, palco do ocorrido.

O homem do vestido vermelho é um condenado de Justiça. Ele foi considerado culpado de violência doméstica e, como castigo, acabou obrigado a se vestir de mulher e a ser exibido como tal pelas ruas de Marivan, aglomeração situada perto da fronteira com o Iraque. O procurador-geral local alegou que a humilhação era necessária para “dar o exemplo”. Mas a punição foi tão chocante que, no dia seguinte, dezenas de moradoras vestidas de vermelho foram às ruas para protestar contra o que consideram uma ultrajante ofensa às mulheres, ao islã e aos curdos, minoria étnica alvo de discriminações. Várias levaram cartazes com mensagens lembrando que não é nenhum mal ser mulher e que o castigo é mais humilhante para a população feminina do que para o condenado. Segundo ONGs de direitos humanos, policiais reprimiram a manifestação a golpes de cassetete e spray de pimenta.

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