Com a publicação da lei nº 12.796, de 4 de abril de 2013, crianças de 4 e 5 anos deverão frequentar obrigatoriamente a escola no Brasil. As crianças não farão provas, mas deverão ser acompanhadas com atividades lúdicas. Essa nova lei ameaça a educação cristã que os pais devem dar aos filhos na primeira idade. Os filhos passarão menos tempo com os pais e desde cedo estarão recebendo influências de crianças mundanas e professores não crentes.

Diz a profetisa:

caminho estreito ellen

 Nenhuma obra jamais empreendida pelo homem requer maior cuidado e habilidade que o devido ensino e educação dos jovens e das crianças. Não há influências tão potentes como as que nos cercam em nossos primeiros anos. Orientação da Criança p. 39

 A felicidade futura de vossa família e o bem-estar da sociedade dependem, em grande parte, da educação física e moral que vossos filhos recebam nos primeiros anos de vida. Fundamentos da Educação Cristã, pág. 156.

As impressões feitas no coração, no princípio da vida, são vistas em anos posteriores. Podem estar sepultadas, mas raras vezes serão removidas. Orientação da Criança p.194.

As crianças não devem estar encerradas muito tempo em casa, nem se deve exigir que se dêem a um estudo aplicado antes que se haja estabelecido um bom fundamento para o desenvolvimento físico. Para os primeiros oito ou dez anos da vida de uma criança, o campo ou o jardim é a melhor sala de aula, a mãe é o melhor professor, a Natureza o melhor livro. Mesmo quando a criança tem idade suficiente para freqüentar a escola, a sua saúde deve ser considerada de maior importância do que o conhecimento dos livros. Deve ser rodeada das condições mais favoráveis, tanto para o crescimento físico como para o mental. Educação, pág. 208.

É costume enviar crianças muito novas à escola. Exige-se delas estudarem nos livros coisas que sobrecarregam a mente infantil. … Tal procedimento não é sábio. Uma criança nervosa não deve ser sobrecarregada em qualquer sentido. Fundamentos da Educação Cristã, pág. 416.

 Durante os primeiros seis ou sete anos de vida da criança, deve-se dar atenção especial a seu preparo físico, em vez de ao intelecto. Depois desse período, se é boa a constituição física, deve a educação de ambos receber atenção.

    A infância se estende até a idade de seis ou sete anos. Até esse período a criança deve ser deixada como cordeirinho a andar ao redor da casa e nos jardins, na vivacidade de seu espírito, pulando e saltando, livre de cuidados e dificuldades.

Os pais, e especialmente as mães, devem ser os únicos mestres dessas mentes infantis. Não devem ser instruídas em livros.

Não somente têm sido a saúde física e mental das crianças postas em perigo por serem enviadas à escola num período precoce demais, mas também elas perdem do ponto de vista moral. Tiveram oportunidades de se familiarizar com crianças de maneiras não cultivadas. Foram atiradas na companhia dos grosseiros e dos rudes, que mentem, praguejam, roubam e enganam, e que se deleitam em transmitir seu conhecimento do vício aos mais novos que eles. As crianças novas, deixadas a si mesmas, aprendem o mal mais depressa que o bem. Os maus hábitos se harmonizam mais com o coração natural, e as coisas que vêem e ouvem na infância e na meninice são-lhes profundamente impressas no espírito; e a má semente semeada em seu jovem coração criará raízes e se transformará em aguçados espinhos, para ferir o coração dos pais.

Não envieis vossos filhos cedo demais à escola. Deve a mãe ser cuidadosa quanto a confiar a formação da mente infantil a outras mãos. Orientação da Criança p.302

13 respostas para “Brasil obriga pais a matricular no colégio crianças de 4 e 5 anos (perigo a família cristã)”.

  1. Um irmão adventista leu este post e disse: “Aí você pensa que já viu todo tipo de fanatismo na igreja e se assusta”.

    Irmão, estude o livro “Mitos na educação adventista: um estudo interpretativo da educação nos escritos de Ellen G. White” (Unaspress, 2010), de George R. Knight. Sobre a interpretação dos escritos de Ellen White, especialmente a importância do contexto histórico, veja “Mensageira do Senhor: o ministério profético de Ellen G. White” (CPB, 2002), de Herbert E Douglass.

    Que Deus o abençoe, e a todos nós, pobres, cegos, miseráveis e nus pecadores, que carecemos da graça de Cristo (Ap 3:14-22).

  2. Não cremos que são conselhos específicos apenas para o século 19 o cuidado especial que a mãe deve ter com o filho de maneira exclusiva até os 7 anos. São conselhos válidos até o final dos tempos. Caro adventista enganado, as pessoas que leem Ellen White se tornarão todas ‘fanáticas’, pois os livros dela não vem junto com as explicações e os comentários dos comentários de como interpretá-la. Nem a Bíblia vem. Por isso mesmo a condenação católica: “Ouça apenas o que os padres tem a dizer. Eles estudaram sobre a tradição e a patrística e vocês não!”

    O que vocês, cachorros de terno, cheios de livros debaixo do braço que não são a Bíblia e nem o espírito de profecia estão querendo? Nos dar a coleira da tradição que já vos enforcam o pescoço?

  3. Caro irmão, é uma pena que você respondeu com estas palavras: “vocês, cachorros de terno, cheios de livros debaixo do braço, […] a coleira da tradição que já vos enforcam o pescoço?” É assim que você vê os líderes e teólogos da IASD?!

    É estranho você igualar a liderança da IASD com a tradição católica, já que você sempre afirma que a IASD é a igreja remanescente. Mas, se é assim que você se refere às publicações oficiais e aos líderes da IASD, não há o que fazer.

    As suas palavras não têm nada a ver com o amor de Cristo que devemos demonstrar até aos nossos inimigos. Com as suas palavras, eu não sei o que você pretende com esse site. A única maneira de mostrar Cristo sempre foi e sempre será o amor.

    Deus nos abençoe e nos ajude a responder o bem com o bem, e o mal com o bem.

  4. Me refiro àqueles ”cheios de livros debaixo do braço”, que não são todos os pastores. Mas esses comentários vieram porque você veio aqui distorcendo os claros escritos de Ellen White sobre a questão.

  5. […] Brasil obriga pais a matricular no colégio crianças de 4 e 5 anos (perigo a família cristã) […]

  6. O que interessa ao autor desse post e é a favor de sua opinião caracteriza-se como “luz divina”, mas o que não o interessa e vai contra seus anseios é visto como “distorção”?

    IASD, cuidado com a forma fanática pela qual você interpreta os escritos da Sra. White. Em breve essa página se tornará tão exacerbada e com tanto zelo religioso quanto a parcela de fariseus e sacerdotes hipócritas que existiam na época de Cristo.

  7. “Os pais, e especialmente as mães, devem ser os únicos mestres dessas mentes infantis. Não devem ser instruídas em livros”. – Ellen White

  8. “você veio aqui distorcendo os claros escritos de Ellen White sobre a questão.”

    Irmão, o que eu distorci, se não falei nada? Só lhe recomendei dois livros oficiais da IASD.

    Agora, sim, vou dizer: esses dois livros, bem como os demais produzidos pelo Patrimônio Literário de Ellen G. White, discordam da sua interpretação.

    Sobre o assunto em questão, cito este documento do Patrimônio White:

    Usar o bom senso. Sabe-se que os adventistas do sétimo dia discordam e às vezes até discutem sobre alguns dos conselhos de Ellen White. Esta situação é especialmente verdadeira a respeito das declarações que parecem tão claras e diretas. Uma declaração como esta aparece no Fundamentos da educação Cristã: “Os pais devem ser os únicos professores de seus filhos até que eles tenham atingido oito ou dez anos de idade” (p. 61).

    Essa passagem é uma excelente candidata para uma interpretação inflexível. Afinal, ela é bastante categórica. Não oferece condições nem dá pistas quanto a exceções. Ela não contém nenhum “se”, “e”, “ou” ou “mas” para modificar seu impacto, mas afirma claramente como fato que “os pais devem ser os únicos professores de seus filhos até que eles tenham atingido oito ou dez anos de idade”. Ellen White publicou a declaração pela primeira vez em 1872. O fato de o assunto ter reaparecido em seus escritos em 1882 e 1913, teve indubitavelmente o efeito de fortalecer o que parece ser sua natureza incondicional.

    O que é, contudo bem interessante, é que o desacordo sobre esta declaração nos proporcionou talvez o melhor registro que possuímos de como Ellen interpretava seus próprios escritos.

    Os adventistas que viviam perto do Sanatório Santa Helena, no norte da Califórnia, construíram uma escola paroquial em 1902. As crianças mais velhas a frequentavam, enquanto alguns pais adventistas negligentes deixavam seus filhos mais novos ficarem livremente pela vizinhança sem um acompanhamento adequado e disciplina. Alguns dos membros do conselho escolar criam que deveriam construir uma sala de aula para as crianças menores, mas outros declararam que seria errado agir desta maneira, porque Ellen White havia declarado claramente que “os pais devem ser os únicos professores de seus filhos até que eles tenham atingido oito ou dez anos de idade”.

    Uma facção do conselho escolar aparentemente achava que era mais importante dar alguma assistência àquelas crianças negligenciadas do que apegar-se à letra da lei. A outra facção acreditava que tinham uma ordem inflexível, um “testemunho direto” ao qual precisavam obedecer. Para dizer as coisas de maneira branda, o assunto dividiu o conselho escolar. Foram então feitos arranjos para uma entrevista com Ellen White.

    Logo no início da entrevista, Ellen White reafirmou sua posição de que o ideal seria a família ser a escola das crianças pequenas. Ela disse: “O lar é tanto uma igreja de família como uma escola de família” (Mensagens Escolhidas, vol. 3, p. 214). Esse é o ideal que pode ser encontrado ao longo de todos os seus escritos. A igreja e a escola institucionais existem para suplementar o trabalho de uma família saudável. Isso é o ideal.

    Mas, como vimos na seção anterior, o ideal nem sempre é o real. Ou, em outras palavras, a realidade está muitas vezes aquém do ideal. Assim, Ellen White continuou: “As mães devem [mais precisamente, no original, deviam] estar em condições de instruir sabiamente seus filhinhos durante os primeiros anos da infância. Se toda mãe fosse capaz de fazer isso, e tomasse tempo para ensinar a seus filhos as lições que eles deviam aprender no começo da vida, todas as crianças poderiam permanecer então na escola do lar até que tivessem oito, nove ou dez anos” (Ibid., pp. 214, 215).

    Aqui começamos a perceber como Ellen White lidou com uma realidade que modifica a natureza explícita e incondicional de sua declaração sobre os pais serem os únicos professores de seus filhos até oito ou dez anos de idade. O ideal é que as mães “deviam” ser capazes de atuar como as melhores professoras. Mas o realismo se impõe quando Ellen White usa palavras como “se” e “então”. Ela definitivamente deixa subentendido que nem todas as mães são capazes e nem todas estão dispostas a fazer isto. Mas “se” forem capazes e estiverem dispostas, “todas as crianças poderiam permanecer então na escola do lar”.

    Durante a entrevista, ela observou que “Deus deseja que lidemos sensatamente com esses problemas” (Ibid., p. 215). Ellen White ficava muito perturbada com os leitores que tomavam uma atitude inflexível com respeito a seus escritos e procuraram seguir a letra de sua mensagem enquanto perdiam de vista os princípios que estavam por trás da mesma. Ela mostrou desaprovação em relação tanto às palavras quanto às atitudes de seus rígidos intérpretes quando declarou: “… Meu espírito tem sido muito agitado quanto à idéia: ‘Ora, a irmã White disse assim e assim, e a irmã White falou isto ou aquilo; e, portanto, procederemos exatamente de acordo com isso.’” Ela então acrescentou que “Deus quer que todos nós tenhamos bom senso, e deseja que raciocinemos movidos pelo senso comum. As circunstâncias modificam a relação das coisas” (Ibid., p. 217).

    Ellen White era tudo menos inflexível ao interpretar seus próprios escritos, e é sumamente importante que compreendamos esse fato. Ela não tinha dúvida de que o uso descuidado de suas idéias poderia ser prejudicial. Desta maneira, não é de se admirar que ela tenha dito que “Deus quer que todos nós tenhamos bom senso” ao usarmos trechos de seus escritos, mesmo quando expressou tais trechos na linguagem mais forte e mais incondicional.

  9. A propósito, leia todo este documento oficial da IASD. Ele mostra a necessidade imprescindível e urgente de aprendermos a interpretar corretamente os escritos de Ellen White, o que vai contra a sua afirmação ingênua e fanática: “as pessoas que leem Ellen White se tornarão todas ‘fanáticas’, pois os livros dela não vem junto com as explicações e os comentários dos comentários de como interpretá-la”.

  10. Eu adoraria poder fazer mil atividades lúdicas com minha filha de 3 anos o dia todo. Mas, preciso limpar a casa e trabalhar – embora trabalhe em casa. E ela acaba ficando sem a devida assistência. Fico com dó. Ainda moro em apartamento (sem condomínio), e Discovery Kids não é legal o tempo todo – por mais educativo que seja. Agora, faltam 2 meses para ela completar 3 anos, e ela – que já visitou algumas escolinhas conosco, para aulas de musicalização, tem pedido para ir à escolinha. Pede para comprar mochila pra ela… enfim. Estou com o coração partido, mas acho que ela estará melhor entre outras crianças, brincando e pintando do que sozinha comigo o dia inteiro. São apenas 4 horas… Sou contra a obrigatoriedade em qualquer fase da vida. Mas, se não temos a estrutura adequada – até mesmo para o desenvolvimento físico (não dá pra ela correr dentro de casa), então a única saída é a escola. Bom seria se todos tivéssemos belas casas com imensos quintais e árvores frutíferas, jardim e horta doméstica. Mas, a hortinha da escola pode ser uma saída.

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