
Lembrando que no século 19, os papas prendiam os judeus nos GUETOS onde “deviam ser mantidos em quarentena social, para não infectar a população cristã”. O uso de distintivos e a proibição de circular fora dos guetos já antecipavam em muito as leis nazistas. Fonte: Os Papas e os Judeus, David Kertzer.
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Na carta Nós nos lembramos, uma reflexão sobre o shoah (Holocausto) de 1998 o Papa João Paulo II disse que as causas do anti-semitismo na Europa era culpa do nacional-socialismo da Alemanha e suas idéias de raça ariana. Uma tentativa surpreendente de reescrever a história. Não mencionava a ajuda do Papa Pio IX (1846-1878) que chamava os judeus de “cães dos quais há muito em Roma, uivando e nos pertubando por toda parte”. Ou a ajuda de Leão XIII (1878-1903) que descrevia os judeus de “teimosos, sujos, ladrões, mentirosos, ignorantes, pragas..uma invasão bárbara por uma raça inimiga”. Ou o clero católico da Polônia, muito bem representado por Josef Kruszynski que escreveu em 1920 que “se for para o mundo ser governado pelo flagelo judeu, será necessário exterminá-los, até o último deles”.
Em setembro de 2000, João Paulo II beatificou o Papa Pio IX (1846-1878), aquele que dizia que os judeus são como cães uivando em Roma. João Paulo II também canonizou Maximiliam Kolbe, editor chefe do semanário O Cavaleiro da Imaculada: que contribuía para envenenar a opinião pública contra os judeus.
Fonte: David Yallop. O Poder e a Glória página 269, 292-295, 299, 303-305, 398-410.

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