
Durante o século XX, muitos protestantes e evangélicos defenderam abertamente que o poder perseguidor descrito na Bíblia era a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Foram escritos livros defendendo que a URSS invadiria Israel e ameaçaria todo o mundo cristão. Embora realmente fosse verdade que a URSS proibiu o exercício da religião em seu território e nos demais países alinhados, também é verdade que não chegou a invadir Israel, nem a aplicar a marca da Besta ou qualquer coisa semelhante. Acabou estranhamente derrotada entre 1989 e 1993, sem guerra, mas pelo poder americano e o apoio de João Paulo II ao sindicato polonês Solidariedade, que ajudou a por fim as ditaduras da Europa Oriental.
Um detalhe é que os adventistas do sétimo dia ensinam desde 1850, que os poderes descritos na Bíblia em Apocalipse 13 são os Estados Unidos e o Vaticano. Eles seriam atores decisivos dos eventos finais. Com o advento da URSS os adventistas praticamente ficaram sozinhos defendendo a verdade. E quando a história mostrou que a teoria católica e protestante estavam erradas, nenhum líder religioso sequer mencionou que os adventistas estavam certos desde o início. Não foi organizado um prêmio pela melhor interpretação bíblica. Nem um pedido formal de desculpas, reconhecendo nossa interpretação como correta. Absolutamente nada. Em vez disso, todos os teólogos das profecias continuaram vivendo como se os adventistas não existissem. E os livros adventistas que diziam que os EUA se tornariam a nação mais forte do mundo, antes de ser sequer a segunda mais forte, também foram tratados como inexistentes.
Reconhecer a visão adventista como cumprida seria reconhecer que os livros evangélicos escritos sobre profecias nos últimos 100 anos eram bobagem! E também seria aderir a possibilidade de os adventistas acertarem todos os demais eventos do fim e terem o entendimento correto da Bíblia. Isso seria praticamente uma conversão ao adventismo!
Quando a URSS acabou alguns escritores sobre as profecias da Bíblia apenas passaram a tratar a Rússia como a perseguidora do fim e seguiram adiante com as mesmas teorias. Outros, já olharam para a China comunista. E após os atentados terroristas de 11 de setembro virou moda tratar do Islamismo. Sim, é verdade que muçulmanos perseguem os cristãos, alguns ortodoxos russos são fanáticos e odeiam o protestantismo e o Estado chinês ainda proíbe a plena liberdade religiosa. Mas eles não são a segunda Besta de Apocalipse 13. A Bíblia diz que ela é parecida com um cordeiro (Apoc 13:11) e nasce na “terra”, um lugar diferente da Besta do “mar”. A Bíblia ensina em Apocalipse 17:15 que águas em profecia simbolizam povos, multidões, línguas. Então a Besta da “terra” não surgiria na Euro-Asia repleta de antigas potências. Seria em lugar novo, onde pudesse ser defensora do cristianismo (o cordeiro), mas no final do mundo falasse como um Dragão. A URSS, a China ou o Islã não são como um cordeiro. Não cumprem as características da nação descrita. Nunca fizeram nada para levar o evangelho aos povos. Mas as Igrejas americanas é que levaram o evangelho ao redor do mundo. A Besta de Apocalipse 13:11-17 são os Estados Unidos. Nós realmente sabemos que nunca vão nos premiar por falar a verdade. Jesus disse que só os falsos profetas são premiados nesse mundo:
Ai de vós quando todos os homens de vós disserem bem, porque assim faziam seus pais aos falsos profetas. Lucas 6:26.

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