Milão (RV) – Famílias provenientes de todo o mundo reuniram-se nesta manhã de domingo com o Santo Padre para participar, na Solenidade da Santíssima Trindade, da Santa Missa no Parque de Bresso, em Milão, por ocasião do VII Encontro Mundial das Famílias. Mais de um milhão de fiéis rezaram com o Pontífice pelas famílias de todo o mundo.
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Depois Bento XVI se deteve sobre o trabalho: “Vemos que, nas teorias econômicas modernas, prevalece muitas vezes uma concepção utilitarista do trabalho, da produção e do mercado. Mas, o projeto de Deus e a própria experiência mostram que não é a lógica unilateral do que me é útil e do maior lucro que pode concorrer para um desenvolvimento harmonioso, o bem da família e para construir uma sociedade justa, porque traz consigo uma competição exasperada, fortes desigualdades, degradação do meio ambiente, corrida ao consumo, mal-estar nas famílias. Antes, a mentalidade utilitarista tende a estender-se também às relações interpessoais e familiares, reduzindo-as a convergências precárias de interesses individuais e minando a solidez do tecido social”.
O Santo Padre destacou ainda que o “homem, enquanto imagem de Deus, é chamado também ao repouso e à festa”. O domingo, dia do Senhor – reafirmou – é também o “dia do homem e dos seus valores: convivência, amizade, solidariedade, cultura, contacto com a natureza, jogo, esporte. É o dia da família, em que se há-de viver, juntos, o sentido da festa, do encontro, da partilha, também com a participação na Santa Missa. Queridas famílias, mesmo nos ritmos acelerados do nosso tempo, não percais o sentido do dia do Senhor! É como o oásis onde parar para saborear a alegria do encontro e saciar a nossa sede de Deus”
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Fonte – Radio Vaticano
Nota de Michelson Borges: O dia bíblico do Senhor é o sábado do sétimo dia, e não o primeiro dia da semana (clique aqui para ter mais informações). Em sua cruzada para impor o domingo como dia de repouso, o papa vem se valendo de argumentos simpáticos, como a defesa do meio ambiente e a ajuda para resolver a crise econômica e moral da humanidade. Evidentemente que essas são causas nobres que merecem apoio, mas a maneira como se pretende que elas sejam levadas a cabo acabará excluindo uns poucos que “obedecem aos mandamentos de Deus e se mantêm fiéis ao testemunho de Jesus” (Ap 12:17). Esses seguidores de Jesus, por não aceitarem a santificação de um dia comum da semana, infelizmente serão mal compreendidos e vistos como inimigos da ordem e da paz – fundamentalistas, criacionistas fanáticos, e por aí vai. Quem viver verá.[MB]

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