Os Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira que irão matar cidadãos americanos em outros países que planejem atacar alvos no país, apesar das críticas de especialistas afirmando que a política viola leis locais e internacionais.
O procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holder, afirmou que os americanos que entraram na rede terrorista Al Qaeda e seus afiliados podem ser alvo de ataques letais se forem considerados uma ameaça aos Estados Unidos e sua captura não for possível.
Em discurso em uma universidade, fez referência indireta ao ataque de um avião não tripulado da CIA no ano passado que causou a morte de Anwar al Awlaki, cidadão americano e um dos membros mais influentes do braço do grupo islâmico no Iêmen.
“Qualquer decisão de usar força letal contra um cidadão dos Estados Unidos — mesmo que tenha a intenção de matar americanos e tenha se transformado em um dos líderes operacionais da Al Qaeda em território estrangeiro — é a decisão mais grave que um líder governamental pode enfrentar”.
“O povo americano deve ter — e merece ter — a segurança de que essas ações são tomadas em sua defesa são consistentes com seus valores e leis”.
Grupos de defesa dos direitos civis criticaram o programa, afirmando que são uma liberação para a morte de americanos sem serem julgados por cortes locais, de acordo com a Constituição, o que foi rebatido por Holder.
“O presidente pode usar a força no exterior contra um dos principais líderes de uma organização terrorista estrangeira com a que os Estados Unidos está em guerra, ainda que este indivíduo seja um cidadão americano”.
O governo de Barack Obama defende os ataques após as críticas dos republicanos à leniência da presidência em relação aos suspeitos de terrorismo. No entanto, Holder afirma que o uso dessa estratégia deve ser regulada pela lei de guerra, incluindo riscos militares e danos colaterais.
Fonte: Folha

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