Na biografia de Ricky Martin, a partir da página 100, o artista começa contando como foi seu contato com a Igreja evangélica e como se afastou enojado dela:

Durante o verão que passei na Broadway, conheci uma moça húngara que era cabeleireira de espetáculo. Passávamos horas conversando e eu realmente gostava dela. Sentia que meu coração dava um pulo cada vez que eu a via. Tentei convidá-la a sair de todas as maneiras possíveis e inimagináveis, mas ela sempre me dava a mesma resposta: “Não posso sair com você enquanto não formos a Igreja juntos”… então eu fui.

Logo depois que chegamos…ela desapareceu. De repente, percebi que todos os homens estavam de um lado e as mulheres de outro. Achei muito estranho…. Passei pouco mais de 2 meses indo à igreja, lendo a Bíblia e estudando assuntos religiosos. Apesar de ter sido criado como católico, nunca tinha realmente estudado a Bíblia e foi ali que descobri de verdade como Jesus Cristo era sábio, e a grande beleza de seus ensinamentos.

Naquele tempo, eu estava constantemente lutando contra coisas “ruins” que eu achava que tinha feito. Estou falando principalmente pelo desejo fisíco, seja por pessoas do mesmo sexo ou do sexo oposto. Eu achava então que este tipo de pensamento era impuro…A igreja começou a governar minha vida e até cheguei a pensar em ser batizado, mas acabei não sendo… conforme fui avançando em meus estudos comecei a me fazer mais perguntas…. até que em um dos grupos que eu frequentava alguem disse: “Se você não se arrepender de seus pecados e aceitar Jesus como seu salvador nunca vai entrar no Reino dos Céus”. A afirmação me pegou em cheio. Disse: “Espere um pouco… Quer dizer que todo mundo que amei intensamente e morreu não está no Céu se ele não tiver aceitado Jesus Cristo como salvação?”

“Bem, sim” – eles responderam – “precisamos rezar muito por estas almas”.

Fiquei chocado, meus avós eram santos. Foram pessoas que se dedicaram a ajudar outros seres humanos. Adoravam os filhos e eram dedicados à família, nunca mentiam e nunca quiseram prejudicar ninguem…. E aquelas pessoas me estavam dizendo que porque meus avós não iam a Igreja, eles não estavam no Céu? Se esse era o caso, ficou claro para mim, que eu não queria ir mais para o Céu, queria ir para onde meus avós estivessem.

Comecei a me fazer outras perguntas: o que acontece com outras pessoas que não tem a mesma fé? Elas não estão no Céu? … Para onde judeus, muçulmanos, católicos, budistas…vão?

…Apesar de não saber que era homossexual – ou para ser mais preciso, estava a todo custo tentando me convencer que não era, – sabia que algumas pessoas de quem gostava eram homossexuais e com certeza não eram más, indignas do amor de Cristo. Todas estas percepções me deixaram muito nervoso, fiquei preocupado e ansioso. … Se Jesus era um ser compassivo não fazia sentido dizer que as pessoas que não acreditavam nele… estavam destinadas a atravessar os portões do inferno. Então… senti que estava sendo atacado pessoalmente quando me disseram: “Se você é homossexual, você é filho do Diabo”.

Que terrivel ironia! Eles me atacam, mas me amam; eles me aceitam, mas me excluem. Falam da homossexualidade como uma coisa que pode ser “curada” através da oração…. Cheguei ao ponto em que haviam contradições demais. Então parei de ir àquela igreja e percebi que outro capítulo da minha vida estava concluído.

Observação: Ao contrário do que ensinaram para Rick Martin, os adventistas do sétimo dia ensinam que Deus é misericordioso e salvará pessoas sinceras de todas as religiões e épocas, pelo sangue de seu Filho.

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