Após ouvir as últimas pérolas do comentarista esportivo Juca Kfouri alfinetando, pela milionésima vez, sua fé em Jesus Cristo, Kaká resolveu se pronunciar.

A indignação de Kaká tem razão de ser. Não é a primeira vez que o jornalista perde tempo precioso na mídia para atacar a fé que jogadores de futebol depositam em Jesus. Em um dos programas do Jô Soares, inclusive, ambos se divertem às custas da fé dos atletas e do seu agradecimento a Jesus Cristo.

São várias as acusações. “Os jogadores colocam Jesus Cristo onde ele não tem que estar”. “Existem lugares apropriados e definidos para se manifestar a crença em Jesus”. “Tá ficando chato toda hora ver jogador levantando a mão pro céu agradecendo a Jesus pelo belo gol ou pela brilhante defesa”. “Essa manifestação dos jogadores é uma forma de tenta enfiar a fé cristã pela minha goela abaixo”. “Agradecer a Jesus durante a partida de futebol é merchandising religioso”.

O que é mais paradoxal no discurso de Juca Kfouri é a energia que ele despende para criticar e censurar algo que ele mesmo acredita não existir. É intrigante como a fé de Kaká incomoda tanto a razão de Juca Kfouri.

Há tanta mazela no mundo em que vivemos para ser denunciada, existe tanta atitude repugnante e suja nos bastidores e nas emissoras de TV para ser delatada, há tantos vícios, orgias e outras promiscuidades no mundo do futebol para serem criticadas, que a escolha da fé em Jesus Cristo para ser alvo de ataque na mídia chega a ser grotesca. É por essas e outras que gosto de dizer que Juca Kfouri, antes de ser um ateu, é um à toa.

Sim, Juca Kfouri é um ateu à toa. À toa não apenas no sentido de alguém que não tem ocupação ou não tem o que fazer, mas principalmente no sentido de alguém que não tem razão. Juca Kfouri condena a fé de Kaká à toa – sem qualquer razão ou justificativa – e à toa – porque sua postura demonstra que não deve ter nada mais importante para fazer ou pensar.

Isso mesmo: Juca usa sua razão para embasar seu ateísmo, e usa seu ateísmo para acusar sem razão. É um arrogante intelectual que confunde laicidade de Estado com intolerância à fé, desconhecendo até mesmo que o direito que hoje ele possui de não acreditar ou professar fé alguma tem lastro na própria liberdade de convicção religiosa, conquistada pelo sanque de mártires do passado. Assim, se ele condena a liberdade de manifestação de crença, ele está condenando a livre manifestação do seu próprio ateísmo.

E não é só. Vejam que contrassenso: Juca critica e debocha de Kaká por manifestar sua fé através do seu trabalho (futebol), enquanto o próprio Juca faz uso do seu trabalho (jornalismo) para manifestar sua falta de fé e criticar a manifestação das demais. Juca acusa Kaká de colocar Jesus Cristo em lugares inapropriados, onde Ele não está. Ora, fico me perguntando se Kaká também não poderia acusar Juca de manifestar sua falta de fé em lugares inadequados?

O ateu à toa faz uso da liberdade de imprensa para censurar a manifestação da liberdade de religião. Agora, eu te pergunto: o que é mais racional? O que deve prevalecer? A permissão ao agradecimento de um religioso a Deus de acordo com sua crença ou a proibição às manifestações de fé com base na intolerância e no desconforto de um descrente?

Imagino que grande parte do desconforto de Juca Kfouri se deve à revolta interna que ele sente ao perceber que a razão que motiva sua descrença não tem resposta para a maioria de suas inquietações. E, muito menos, para explicar a fé e a confiança que as pessoas – sejam elas alfabetizadas e bem informadas como Kaká ou não – têm em Jesus Cristo.

A razão acusadora do ateu à toa não lhe fornece subsídios para entender o que faz com que um homem que diz ter ressuscitado há mais de dois mil anos atrás rompa as barreiras da história, do tempo, do espaço e da evolução científica para influenciar e transformar vidas de pessoas sedentas em pleno século XXI.

O mesmo Jesus que Juca faz questão de negar disse certa vez que a boca fala do que o coração está cheio. Assim fica mais fácil entender o porquê de tantos ataques à fé cristã. É simples: o coração do Juca está cheio de ódio às pessoas que atribuem seus méritos e conquistas a Jesus Cristo.

Ver um jogador de futebol levantando as mãos pro céu após o gol causa náuseas ao ateu à toa, talvez porque ele próprio não tenha pra onde levantar as próprias mãos quando algo de bom lhe acontece. Ouvir um goleiro agradecendo a Jesus Cristo pela defesa realizada deixa o ateu à toa com ânsia de vômito, muito provavelmente porque ele não sabe – e não tem – a quem agradecer por uma conquista. Testemunhar o clamor e a gratidão de uma mãe desesperada pelo consolo que Deus lhe proporcionou quando perdeu seu filho num acidente soa como ignorância para o ateu à toa, porque ele simplesmente não tem a quem recorrer quando a razão não apresenta explicação para as perguntas sem resposta que a vida lhe impõe.

Enquanto isso, Juca Kfouri continua desprezando a alegria infinita que Deus pode e quer oferecer aos homens, como um prisioneiro dentro de uma caverna que, acorrentado à escuridão de sua própria razão, só consegue enxergar através de uma única fresta de luz exterior, julgando ser real aquilo que é apenas uma sombra da verdadeira realidade.

O Deus vivo não é um fenômeno que pode ser explicado ou comprovado por experimentos de laboratório. Deus deve ser sentido pelo coração, e não provado pela razão. Até porque a ciência jamais poderá explicar um Deus que, mesmo sendo todo-Amor, cura com a ferida, apaga o passado com fogo, consola com a dor, fala nos momentos de silêncio e dá a paz com o conflito interior.

Aliás, muitas das presunções dos que se dizem racionalistas e ateus devem ser repensadas sob a lógica das hipóteses que eles mesmos aceitam como verdadeiras. Como diz C. S. Lewis, “se o sistema solar foi criado por uma colisão estelar acidental, então o aparecimento da vida orgânica neste planeta foi também um acidente, e toda a evolução do Homem foi um acidente também. Se é assim, então todos nossos pensamentos atuais são meros acidentes – o subproduto acidental de um movimento de átomos. […] Mas se os pensamentos deles são meros subprodutos acidentais, por que devemos considerá-los verdadeiros? Não vejo razão para acreditarmos que um acidente deva ser capaz de me proporcionar o entendimento sobre todos os outros acidentes. É como esperar que a forma acidental tomada pelo leite esparramado pelo chão, quando você deixa cair a jarra, pudesse explicar como a jarra foi feita e porque ela caiu”.

Por isso, entre ser escravo de uma razão que nunca vai me libertar e ser amigo e servo de um Deus que me faz livre, fico com a liberdade. Entre ser dependente de uma intelectualidade que me torna cada vez mais arrogante e ser dependente de um Deus que me faz humilde, prefiro a humildade. Entre as presepadas passageiras faladas por Juca Kfouri e as palavras de vida eterna e paz deixadas por Jesus, fico com as de Jesus. Em vez de dar crédito a um ateu que não acredita em Deus, prefiro dar crédito a um Deus que, mesmo amando, não acredita em ateus. Prefiro ter fé em um Deus que, mesmo amando, não acredita em “Jucas Kfouris”.

A diferença entre o ateu à toa e Kaká? Para o primeiro, nada na vida é um milagre. Para Kaká, tudo na vida é um milagre. Parafraseando Benjamin Franklin, Kaká acredita no cristianismo da mesma forma que acredita que o sol nasce todo dia. Não apenas porque o vê, mas porque através dele Kaká vê tudo ao seu redor.

E, da minha parte, faço como Kaká: agradeço este texto a Jesus Cristo, porque, sem Ele, eu não posso fazer nada!

Fonte: Atelie das Idéias

2 respostas para “Juca Kfouri: Um Ateu Respondendo Kaká”.

  1. A fé, não se vincula exclusivamente só á uma crença ou religião, ela é fruto da natureza do ser humano e aliada á uma esperança. A fé é a certeza daquilo que não se pode ver. O Engenheiro, o empreendedor, coloca a fé em seu projeto, e espera alcançá-lo de acordo com o objetivo a que se propôs. Muito louvável a atitude de um atleta quando desfecha um gol no adversário, para em seguida agradecer aos céus. Porém, a atitude do verdadeiro Cristão não se restringe apenas á reconhecer a ajuda dos céus que, aliás, não condiz com uma realidade que não podemos deixar de analisar. O Senhor do Universo precisaria ter uma preferência esportiva, ou seja, um time do coração para poder presenteá-lo, portanto ignorando o adversário e deixando ele e todos os torcedores decepcionados pela, não conquista.
    Vejamos que a lógica e a justiça divina neste caso não condiz com a realidade, o homem é o único responsável pela sua vitória ou derrota em qualquer atividade profissional. Claro que os dirigentes, têm sua parcela no sistema, contribuindo em muito para a conquista ou a derrota dos títulos e que, tanto esperam alcançar. Resumindo esta parte concluímos então que, o mérito da conquista seja ela individual ou coletiva parte do principio do mérito, vinculado á responsabilidade de cada participante, direto ou indireto dentro da sociedade esportiva.
    Deçamos a um exemplo prático, para se construir um prédio, é necessário que todos façam sua parte nesta grande obra, para não se correr o risco de apresentar problemas, seja na estrutura na parte hidráulica, elétrica ou mesmo nos acabamentos. Natural que depois de tudo pronto e acabado, o responsável possa sim agradecer a Deus, por tudo ter corrido dentro de um cronograma perfeitamente normal sem acidentes. O Engenheiro foi o intelectual responsável pelos complexos cálculos da engenharia, o mestre de obras fez sua parte de inspeção, e os trabalhadores braçais fizeram de acordo com sua orientação, portanto vejamos que um depende do outro para a construção da grande obra, por fim acabada. E acrescentamos que, pelo mérito de todos eles, houve sim a proteção divina que os inspirou, para que tudo corresse bem, para que tudo desse certo.
    Considero descabida a acusação ao Sr. Juca Kfouri de que é um ateu, e da ironia costumeira dos IASD de que ele é ateu á toa. Em primeiro lugar já que somos Cristãos voltemos ao ensino do Mestre e sua advertência; “Não julgueis, para não serdes igualmente julgados.” Usemos da caridade para com os irmãos ainda na retaguarda do caminho Cristão.
    O que pedis á Deus, na maioria das vezes? Lembras de pedir a Ele a vossa melhoria moral?. Ou o que mais pedis, talvez seja o sucesso para os vossos empreendimentos terrenos?
    Jesus mesmo disse: “Amassarás o teu pão com o suor do teu rosto”. E com isso fizestes o trabalho uma obrigação, que o leva a exercitar a sua inteligência na procura dos meios de prover tuas necessidades e atender o seu bem-estar. Uns pelo trabalho braçal, outros pelo trabalho intelectual. Sem o trabalho o homem permaneceria estacionário e não poderia aspirar á felicidade, porque o Universo também não pára, está em constante transformação.
    Em segundo, voltando ao Sr. Juca Kfouri que apesar, desconheço sua crença, e aí também isso não muda seu caráter, porque podemos ter um ateu, fiel aos seus compromissos de caráter, e um religioso que se propõe a dizer, Senhor..!Senhor..! Mas, que só vê o cisco no olho do irmão, e não enxerga a trave no próprio olho, segundo a menção evangélica. Então o Juca não está de todo errado nas suas concepções, analisando melhor a questão do louvor á Deus, num momento errado, na hora errada e principalmente num ambiente não propício, como se Deus estivesse ali participando e torcendo para que seu time rival adversário, não ganhasse a partida. O Rei do Futebol Pelé, é católico e só fazia o sinal da cruz na sua entrada em campo, jamais quando fazia gols. Aliás, o sinal da cruz era utilizado como um “código”, na época da perseguição aos cristãos em Roma, e não como uma auto-benção ou algo assim.
    Nas horas difíceis nas grandes catástrofes, nos trágicos acidentes, sim é preciso agradecer ao Pai, até em público, por termos sido salvos, pelos nossos irmãos de toda ordem. Uma reverencia ao Senhor da Vida, por ter concedido pelas suas mãos mais uns anos do sopro da vida.
    Jesus expulsou os vendilhões do templo, e assim condenou o tráfico das coisas santas, sob qualquer forma que seja. Deus não vende sua benção, nem seu perdão, nem a entrada no reino dos céus. Comparemos os estádios de futebol, não um lugar santo, pelo contrário onde a há muitos, com pensamentos de ódio, rancor, dardos venenosos e interesses mesquinhos.
    E quando orais, não haveis de ser como os hipócritas, que gostam de orar em pé nas sinagogas, e nos cantos das ruas, para serem vistos pelos homens, em verdade vos digo que já receberam sua recompensa. Mas, tu, quando orares, entras em seu aposento, e fechada a porta, ora a teu Pai em secreto, que vê muito e te dará a paga. Não queirais, portanto, parecer-vos com eles, porque Vosso Pai celestial sabe o que vos é necessário, primeiro que lhos vos peçais. (Mateus, VI:5,8)
    Ao invés de usarmos o radicalismo textual, ouçamos o conselho de Paulo, “Ouve tudo, lê de tudo e retém o que lhe apraz.”
    Fica na Paz…

  2. Arigon,

    Antes de comentar o seu comentários, gostaria que respondesse duas perguntas. Você crê que a Palavra de Deus, a Bíbli, é fiel e verdadeira, mostrando o passado, presente e futuro e nela consta o conhecimento necessário a salvaçã da humanidade? Se sim, você estaria disposto a seguir seus ensinamentos, correções e repreensões deixando tudo o que aprendeu até aqui e assimilando em sua vida tudo o que da Bíblia aprender de novo?

    Que o Amor de Deus, a Graça de Nosso Senhor Jesus e a Comunhão do Espírito Santo estejam sempre conosco.

    Amém!!

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