A jovem Ana Paula de Brito é membro da igreja central de Piracicaba. É ela quem nos conta sua experiência, mostrando o cuidado de um Deus Verdadeiro e Vivo.
No início de 1995, em São Luís, Maranhão, eu e um grupo de jovens adventistas nos inscrevemos no vestibular da Universidade Federal (UFMA), mesmo sabendo que o concurso ocorreria no sábado. Tínhamos certeza de que Deus agiria em nosso favor.
Tentamos através de todos os meios humanos, cancelar, adiar ou até um horário especial para que pudéssemos ter o direito de fazer a prova. O diretor de liberdade religiosa de nossa igreja, juntamente com o pastor, foi conversar com a reitora da universidade. A resposta foi negativa. Éramos uma minoria e a ordem do MEC era de que a data não poderia ser alterada e nenhuma concessão poderia ser feita. Quando soubemos do fracasso da última tentativa, ficamos tristes. Por que Deus não havia agido em nosso favor?
A princípio, reagimos como fracassados. Depois resolvemos nos unir e perseverar em oração. Faltava uma semana pro vestibular. Deus faria alguma coisa em nosso favor. Marcamos uma vigília com a maioria dos vestibulandos. Resolvemos permanecer fiéis a Deus. Na época, eu ainda não era batizada, mas cria nas verdades a mim apresentadas, incluindo a Santidade do Sábado.
Meu pai ficou bravo quando disse a ele que iria faltar à prova do vestibular. Ele disse que havia investido nos meus estudos e não entendia qual o problema de não ir fazer a prova só porque era sábado. Chegou o dia da prova. Meu pai me levou à força ao local do concurso e ficou me esperando do lado de fora. Não me sentia bem em estar lá, queria estar na igreja, louvando a Deus. Isso me entristeceu e chorei muito! Queria entender porque Deus não tinha feito nada. Pensava em mais um ano de cursinho, no tempo perdido. Mas decidi crer que Ele tinha algo melhor para mim. Esperei dar o prazo mínimo para entrega da prova e devolvi ao supervisor o gabarito limpo, só com minha assinatura e fui embora.
Chegando em casa, meu pai ligou a TV para assistir o noticiário da tarde. Ele me chamou e disse: “Filha, o vestibular foi anulado!” O quê? Será que entendi direito? “É, foi anulado!” Naquele dia, caiu um temporal e uma das escolas que servia de local do concurso teve seu muro derrubado com a força da chuva, além disso, um raio caiu na rede elétrica, deixando as salas sem iluminação. A repórter dava testemunho do poder do nosso Deus. Ela contou da nossa luta para convencer a reitora a abrir uma exceção. Falou sobre nossa crença na santidade do Sábado. A reitora prometeu que a próxima seleção não aconteceria mais no sábado. O meu pai ficou comovido com a situação.
Deus foi muito mais além do que imaginávamos!
Essa experiência marcou profundamente minha vida e a dos demais jovens que permaneceram fiéis a Deus. Era como se estivéssemos no tempo de Daniel. Experimentamos a certeza de que vale a pena ser submisso à vontade de Deus e ser fiel a Ele!
Naquele ano, eu e outros jovens adventistas ingressamos na faculdade. Terminei o curso de odontologia, em 2000. Fiz especialização, mestrado e agora faço doutorado em clínica odontológica na UNICAMP, considerado pela CAPES-MEC, um curso de excelência mundial. Sinto-me privilegiada, não pelos títulos adquiridos, mas porque Deus dirige minha vida e me dá oportunidade de representá-Lo num lugar onde poucas pessoas têm acesso. Agradeço a Deus porque sinto Sua Poderosa Mão a me guiar. Sei que Ele está adiante de mim, criando situações, abrindo novas oportunidades. Deus é Emanuel ainda hoje. Amém.

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