A irmã Maria V. Zampollo, membro da Igreja do Brooklin, relata sua experiência de fidelidade nos dízimos, mesmo antes de tornar-se Adventista:
Nasci e cresci em um lar católico, estudei em colégio de freiras. Na década de 70 ministrava aulas de piano e entre muitos alunos uma jovem chamou-me a atenção. Ela também era católica, mas com o tempo começou a estudar a Bíblia e tornou-se Batista. Seu comportamento mudou. Percebi que Deus fez a diferença na vida dela.
Naquela ocasião andava muito triste, julgava-me sem valor ou importância. Compreendi que também precisava de Deus e resolvi seguir a Jesus da forma que Ele quisesse. Comecei a estudar a Bíblia e aquela jovem me auxiliava oferecendo textos religiosos e emprestando livros. Conforme sua crença, falou-me sobre a guarda do domingo, porém fiquei intrigada, porque na Bíblia lera sobre o Sábado. Orei muito, pois queria saber o que era correto e Deus respondeu. Enviou-me um senhor que emprestou o livro Subtilezas do Erro, de Cristianini. Ao ler o livro com oração, juntamente com a Bíblia, descobri a verdade sobre o Sábado e Malaquias 3:10. Desde então tomei a decisão de separar o dízimo, mas não sabia o que fazer com o ele. Mesmo assim fui juntando de outubro de 1971 até fevereiro de 1972. Deus impressionou meu coração e resolvi entregá-lo ao irmão Reinaldo, aquele que emprestara o livro. Fui à sua casa numa sexta-feira, fim de tarde e descobri que ele fazia culto de pôr-do-sol, para a chegada do Sábado. Convidou-me para assistir aos cultos da Semana Santa na Igreja Adventista.
No sábado determinado fui ao pequeno salão na Rua da Paz. O pastor emprestou-me o livro O Grande Conflito, e mesmo trabalhando o dia todo, li-o em uma semana.
Tenho um plano com Deus, enquanto puder ser útil e tiver lucidez, Ele me providenciará alunos. Há 20 anos retirei a indicação de aulas de piano de minha casa e até hoje Deus manda alunos suficientes para minha subsistência. As bênçãos sempre vêm quando separamos primeiramente o que é de Deus.
ESTUDO ADICIONAL
O que diz o Velho Testamento sobre o dízimo?
– Gênesis 14:20
– Gênesis 28:22
– Levíticos 27:30, 31 e 32
– Números 18:21
– Deuteronômio 12:6, 11 e 17
– Deuteronômio 14:22, 23 e 28
– Deuteronômio 26:12
– I Samuel 8:15 e 17
– II Crônicas 31:5, 6 e 12
– Neemias 10:37, 38; 12:44; 13:5 e 12
– Amós 4:4
– Malaquias 3:8 e 10
É interessante notar que no caso de Abraão, a devolução do dízimo aparece sem explicações, como algo bem compreendido e efetivamente praticado desde muito tempo atrás, Gênesis 14:20.
Jacó, em Gênesis 28, fez o voto de devolver o dízimo como um plano para sua vida. Aqui novamente se percebe o fato de que o dízimo era algo que os adoradores do Senhor compreendiam muito bem.
Este mandamento foi incorporado por Moisés em seu código de leis como algo natural que havia sido sempre reconhecido desde o início pelos patriarcas.
O Novo Testamento faz referência ao dízimo?
– Mateus 23:23
– Lucas 11:42; 18:12
– Hebreus 7:2, 4, 5, 6, 9 e 9
Em Mateus 23:23, Jesus reprovou aos líderes religiosos porque havendo perdido a verdadeira perspectiva dos valores divinos obedeciam com cuidadoso detalhe a todos os requerimentos de Deus, mas ao mesmo tempo deixavam de lado responsabilidades tão importantes como a misericórdia a justiça e a fé.
Sua mensagem foi: “Fazei estas coisas SEM OMITIR aquelas.”
REFLEXÃO
Regularidade e Planejamento
“As instruções dadas pelo Espírito Santo por meio do apóstolo Paulo quanto às dádivas, apresentam um princípio que também se aplica ao dizimar: “No primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade.” I Cor. 16:2. Pais e filhos são aqui incluídos. Não se dirige apenas aos ricos mas também aos pobres. “Cada um contribua segundo propôs no seu coração, [pela sincera consideração do plano prescrito de Deus] não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.” II Cor. 9:7. As dádivas devem ser feitas tomando em consideração a grande bondade de Deus para conosco.
E que tempo mais apropriado se poderia escolher para pôr de parte o dízimo e apresentar nossas ofertas a Deus? No sábado pensamos sobre a Sua bondade. Temos-Lhe contemplado o trabalho da criação como sendo uma evidência de Seu poder na redenção. Nosso coração está pleno de gratidão pelo Seu grande amor. E agora, antes que a lida de uma semana comece, devolvemos-Lhe o que Lhe pertence, e com isso uma oferta para demonstrar a nossa gratidão. Assim, nossa prática será um sermão semanal a declarar que Deus é o possuidor de toda a nossa propriedade, e que Ele fez de nós mordomos, para a usarmos para a Sua glória. Todo reconhecimento de nossa obrigação para com Deus fortalecerá o senso de obrigação. A gratidão se aprofunda ao lhe darmos expressão, e a alegria que ela traz é vida para a alma e para o corpo.” CSM, p. 80.

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