É consenso na Igreja Adventista do Sétimo Dia que a Mulher de Apocalipse 17 representa a Igreja Católica e os 10 reis, a Europa ou a totalidade do mundo que lhe entregará o poder na última geração.
Porém, nunca houve consenso do que seriam os 7 reis descritos em Apocalipse 17:9-11:
(Apocalipse 17:9) – Aqui o sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada. E são também sete reis; cinco já caíram, e um existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo. E a besta que era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição.
A interpretação utilizada nos livros adventistas a este respeito não teve consenso. Ellen White e os pioneiros não diziam nada sobre essa passagem bíblica. Vejamos como os autores adventistas interpretam a passagem acima mencionada:

Stephen Bohr, por exemplo, crê que estes sete reis são sete impérios ou uniões de impérios que se sucederam em seqüência através da história: Babilonia, Medo-Persia, Grécia, Roma, Reinos Europeus, Papado fase 1 e Papado fase 2. [a] Antolín Diestre Gil faz uma identificação similar mas com algumas mudanças: Babilonia, Medo-Persia, Grécia, Roma, Papado, França revolucionária e Estados Unidos.[b] Outros três expositores: Loron Wade, Edgar Round e Mervyn Maxwell coincidem com a identificação que o anterior faz das primeiras cinco cabeças, mas crêem que a sexta e sétima cabeças poderiam ser, respectivamente, os Estados Unidos e a tríplice aliança,[c] ou o Comunismo e o Papado Restaurado,[d] ou o Papado com ferida de morte e o Papado recuperado.[e]
Mervyn Maxwell, o último dos expositores citados, menciona, também, a possibilidade de que a listagem comece com Egito em lugar de iniciar com Babilonia, dando como resultado a seguinte seqüência: Egito, Asiria, Babilonia, Medo-Persia, Grécia, Roma e o Papado.[f] D. Waterhouse, apóia este último ponto de vista mas crê que os dois últimos se fusionam na sexta cabeça e que a sétima se refere à segunda fase do papado.[g]
Existem outros expositores que, entendendo as sete cabeças como símbolo de totalidade e plenitude, não crêem que estas representam sete nações particulares senão que são símbolo de toda a oposição política ao povo e à causa de Deus através da história.[h]
Para terminar nossa listagem de aplicações, cabe mencionar dois pontos de vista que rompem com o esquema usado por todos os anteriores: O primeiro, exposto por Marvin Moore, assegura que as sete cabeças são uma coligação futura de religiões mundiais;[i] e o segundo, citado por Maxwell em seu livro, afirma que são “uma sucessão de sete papas do tempo do fim, como cabeças da igreja romana”.[j].
Devido à diversidade de pensamentos e à ausência de provas contundentes que aprovem ou recusem as respectivas aplicações desta profecia, a Organização da Igreja Adventista, optou por tomar a seguinte posição ao respeito:
“Em vista de que a Inspiração não indicou se deve entender-se que as sete cabeças representam sete nações particulares e não especificou nenhum momento desde o qual devem calcular-se, este Comentário considera que a evidência é insuficiente para garantir uma identificação dogmática delas… a interpretação da mensagem básica do capítulo felizmente não depende da identificação das sete cabeças”.[k]
Por causa da ausência de unanimidade, a PROFECIA DOS 7 REIS ou a TEORIA dos 7 Reis passou a ganhar uma espaço enorme na Internet. Se refere a idéia de que os 7 reis são os 7 últimos papas da História e não os impérios da profecia.



Referências: Estudo – O últimos 7 reais
Site Worlds Last Chance
Referência das interpretações adventistas tiradas do estudo ‘os últimos 7 reis’:
[a] Profecias 2000, tema “A prostituta e suas filhas”. Conferência apresentada o 6 de março de 1999 na igreja Adventista de Palermo, Bogotá, Colômbia.
[b] O sentido da história e a palavra profética, volume 2, págs. 540-552, Clie.

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