O papa Bento 16 deu na terça-feira um importante passo para facilitar a conversão ao Catolicismo de anglicanos que consideram que a sua religião se tornou liberal demais.

Há 77 milhões de anglicanos no mundo, e nos últimos anos alguns setores estão descontentes com mudanças em sua Igreja, como a ordenação de sacerdotisas e a nomeação de bispos homossexuais.

Embora ambos os lados salientem que a decisão do Vaticano não irá afetar o diálogo entre as duas Igrejas, está claro que ela foi tomada em resposta ao crescente número de anglicanos que desejam mudar de religião.

O documento aprovado pelo papa, uma “Constituição Apostólica”, aceita que indivíduos ou grupos anglicanos adiram ao Catolicismo romano sem abrir mão de algumas das suas tradições.

Essa é provavelmente a medida institucional mais clara e ousada já tomada pelo Vaticano no sentido de receber anglicanos descontentes.

A conversão mais proeminente dos últimos tempos foi a do ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, que se tornou católico depois de deixar o cargo, em 2007.

As novas regras, que entram em vigor brevemente, não afetam o celibato clerical católico, e mantém a antiga prática de permitir que um padre anglicano casado mantenha seu matrimônio caso se converta.

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