No dia 23 de Maio de 2009, a Comune de Firenze recordou com uma cerimonia solene o Frade Girolamo Savonarola em comemoraçao ao 511° aniversário de sua morte. Juntamente com o “Corteo Storico della Repubblica Fiorentina”, o assessor de tradição popular jogou pétalas de rosas e ramos de palmas na lapide circular situada exatamente no chao da Piazza Signoria, lugar exato onde o frade e seus dois amigos Frade Domenico Buonvicini da Pescia e Frade Silvestro Maruffi foram espancados e queimados.
Foto da Cerimônia de Homenagem ao homem que enfrentou o Sistema Papal (anticristo de Daniel 7:25 e Apoc 13:1-10).

Foto da lapide de Girolamo Savonarola

Quem foi Girolamo Savonarola?
Girolamo Savonarola (Ferrara, 21 de setembro de 1452 – 23 de maio de 1498), cujo nome é por vezes traduzido como Jerônimo Savonarola ou Hieronymous Savonarola, foi um padre dominicano e, por curto período, governou Florença.
Este reformador dominicano veio de uma antiga e tradicional família de Ferrara. Intelectual muito talentoso devotou-se a seus estudos, em especial à filosofia e à medicina. Em 1474, quando em uma viagem a Faenza, ouviu um forte sermão, proferido por um padre agostiniano, e resolveu renunciar ao mundo, incorporando-se à ordem dominicana na Bolonha, sem o conhecimento de seus pais.
Em 1481, foi designado por seu superior para pregar em Florença. Nesse centro do Renascimento opôs-se imediatamente, com grande energia, contra a vida pagã e freqüentemente contra a imoralidade prevalecente em muitas classes da sociedade, em especial na corte de Lourenço de Médici. Foi tomado ao mesmo tempo por um zelo intenso para com a salvação das almas, e estava pronto a arriscar tudo a fim combater as fraquezas humanas.
Em agosto de 1490, Savonarola começou seus sermões no púlpito da igrejaSão Marcos, com a interpretação do Apocalipse. de Seu sucesso foi completo: toda a cidade de Florença ia ouvi-lo, de modo que seus sermões na catedral foram exercendo uma influência constantemente crescente sobre o povo. Apesar de sua ascensão no Mosteiro de São Marcos, ele deixou manifesta a sua crítica quanto ao governo da cidade, […] embora os Médici se mostrassem sempre generosos do mosteiro.
Savonarola intensificou suas críticas, agora contra os abusos na vida eclesiástica, da imoralidade de grande parte do clero — sobretudo a vida imoral de muitos membros da Cúria romana —, dos príncipes e dos cortesãos. Em termos proféticos, passou a anunciar o juízo final, numa alusão a Carlos VIII, o rei de França, que tinha entrado na Itália e estava avançando contra Florença.
Em seus novos sermões atacou violentamente os crimes de Roma, que aumentaram desse modo as paixões em Florença. Um cisma começou a se prefigurar e o Papa foi forçado outra vez a agir. Mesmo assim, Savonarola prosseguiu com suas pregações cada vez mais violentas contra a igreja de Roma, recusando-se a obedecer às ordens recebidas. Em 12 de maio de 1497, foi excomungado.
Savonarola terminou preso por ordem papal e condenado à morte. Foi enforcado no dia 23 de maio e seu corpo queimado.
Ilustração do Martírio de Savonarola

Entre os seus escritos, estão: Triumphus Crucis de fidei veritate (Florença, 1497), seu principal trabalho na apologia ao cristianismo; Compendium revelationum (Florença, 1495); Scelta di prediche e scritti, (Florença, 1898); Trattato circa il Reggimento di Firenze, (Florença, 1848); suas cartas, Archivio storico italiano (1850); poemas (Florença, 1847) e Dialogo della verita (1497).
Fonte Geral: Wikipedia.
Observação: Girolamo Savonarola foi uma das pessoas antes da Reforma Protestante que se opôs ao poder papal com vigor. Sua pregação apocalíptica (embora com pouca luz) o define como um adventista de seu tempo.

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