Para entender melhor este artigo leia antes A Ressurreição dos Mortos, Partes 1, 2, 3 e 4.

Leia também Respostas sobre o Fogo Eterno na Bíblia Sagrada Parte 1 e Parte 2

O texto diz: “E irão eles para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna”.

1a. – Porque a noção de que os não-salvos viverão para sempre em tormentos após serem lançados no inferno [geena] deriva de pressupostos não confirmados: de que Deus colocou no homem uma alma imortal na criação—informação que não é dada na Bíblia. Em razão da suposição de haver um elemento imortal embutido em seu ser, julga-se que o condenado prosseguirá vivendo em tormentos no inferno para sempre.

2a. – Porque Cristo utilizou linguagem hiperbólica, parabólica, em muitas ocasiões ao referir-Se ao destino final dos pecadores, como pode ser visto em Mateus 5:29, 30; Marcos 9:48; bem como no próprio capítulo 25 de Mateus, onde Ele contrasta “bodes” com “ovelhas”.

3a. – Porque uma existência eterna em tormento requereria um corpo ressurreto que fosse incorruptível ou indestrutível, e não consta qualquer informação nas Escrituras de que os ressuscitados não-salvos terão tal tipo de corpo (somente os remidos terão corpos incorruptíveis–1 Coríntios 15: 53, 54; Filipenses 3:20, 21).

4a. – Porque há outros usos para as palavras “eterno” e “para sempre” com referência, não a um período absolutamente eterno de tempo, mas aos efeitos ou conseqüências de uma ação, tal como o “juízo eterno” (Hebreus 6:2)—que não se aplica a um processo infindável de julgamento; o “fogo eterno”—que destruiu Sodoma e Gomorra mas não está queimando hoje (Judas 7); “para sempre”, limitado ao período de vida de um homem—Filemon 15 e 16.

5a. – Porque a linguagem de destruição final dos réprobos na Bíblia é bem clara e detalhada: Salmo 37:10, 20; Sofonias 1:15-18; Malaquias 4:1-3; 2 Tessalonicenses 1:7-10.

6a. – Porque a comparação da destruição pelas águas do Dilúvio com o que se passará no final dos tempos mediante o fogo, não deixa margem a qualquer dúvida quanto à intenção do autor em falar da destruição total dos não-salvos—2 Pedro 3:1-13.

7a. – Porque a “morte e o Hades” [sepultura] serão lançados no lago de fogo, que é chamado de “segunda morte” (Apocalipse 20:14 e 21:8). Será a morte da morte . . .

8a. – Porque não há espaço para o lago de fogo durar eternamente, já que a descrição da “segunda morte” conclui com referência a “novos céus e uma nova terra . . . e o mar já não existe [nem o lago de fogo]” (Apocalipse 20:14 a 21:1 e 8). Não é dito que o “lago de fogo” salte de sobre a superfície da Terra para alguma parte do universo onde prossegue queimando infindavelmente.

9a. – Porque Jesus fala da punição final sendo liqüidada, e não eternizada (Mateus 5:26; 18:30).

10a. – Porque, como apresentado nas Escrituras, o caráter divino de amor e justiça é incompatível com a noção de bilhões de criaturas vivendo eternamente em tormentos, sendo assim preservadas pelo próprio Deus, pois “Nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (Atos 17:28). A vida de todas as criaturas (inclusive dos animais—Salmo 104:25-30) depende de Deus em todos os momentos e sob todas as circunstâncias.

Artigo de Azenilto Brito.

5 respostas para “10 Razões Porque Mateus 25:46 Não Serve de Prova do Inferno de Fogo Infindável”.

  1. Eu também tenho estudado muito sobre a morte do ímpio, se realmente ele iria ficar eternamente no inferno. Pelo que pude entender, é certo que o ser humano será lançado no inferno (lago de fogo) porém, em toda a parte que se refere ao castigo do ímpio, nunca se dá a entender que será eterno literalmente. Afinal de contas, se ele vai para o inferno eterno ele irá VIVER ETERNAMENTE, mesmo com sofrimento. E se nós procurarmos na Bíblia, toda a vez que aparece castigo se refere em destruição da alma, ou seja, a morte do espírito. Desse modo, o espírito nosso é potencialmente eterno, não NECESSARIMENTE eterno. Por exemplo, o lago de fogo é a segunda morte. E o que é morte? É o fim da vida de qualquer coisa, ou seja, haverá uma morte do espírito. A pessoa morre uma vez na Terra, e após ressucitar no julgamento final, ela cumpre um castigo específico no lago de fogo (seja tempo ou intensidade do sofrimento) e é destruída, ou seja, morre de novo (segunda morte). Porém, em relação aos anjos caídos, é claro que não terão a mesma misericórdia que nós, pois afinal, nasceram no céu, e tiveram a escolha de se rebelar, diferente de nós, que nascemos no sofrimento e que pecamos pela nossa tendência inata. Os anjos maus não eram assim. Desse modo se a Bíblia fala em fogo eterno, é muito provável que esse fogo seja preenchido pelos demônios que sofrerão ETERNAMENTE, conforme diz Apocalipse 19v10 e 11 “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre”

  2. Debate com Azenilto sobre o aniquilacionismo.
    Argumento de Azenilto Brito:

    10 RAZÕES POR QUE MATEUS 25:46 NÃO SERVE DE PROVA DO INFERNO DE FOGO INAPAGÁVEL E INFINDÁVEL*

    O texto diz: “E irão eles para o castigo eterno, mas os justos para a vida eterna”.

    1a. – Porque a noção de que os não-salvos viverão para sempre em tormentos após serem lançados no inferno [‘geena’] deriva de pressupostos não confirmados: de que Deus colocou no homem uma alma imortal na criação—informação que não é dada na Bíblia. Em razão da suposição de haver um elemento imortal embutido em seu ser, julga-se que o condenado prosseguirá vivendo em tormentos no inferno para sempre.

    Resposta de Elias Soares:

    Esse argumento é bem interessante, mas infelizmente é o mesmo argumento usado pelos céticos, ateístas e racionalistas para contraporem-se a afirmação feita por Jesus acerca do episódio envolvendo Jonas e a baleia:

    “pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do Homem três dias e três noites no seio da terra”. (Mt 12:40)

    Sobre isso, argumentam os tais: “A garganta da baleia é muito estreita e, por esta razão, não era possível a passagem de um homem por ela”. Logo, concluem: “Jesus errou ao afirmar que Jonas foi engolido pela Baleia”. Ora, se a baleia tinha ou não condições de engolir o profeta Jonas isso é irrelevante diante da verdade da Bíblia Sagrada. Para mim, o simples fato dessa palavra ter sido proferida pelos lábios do Criador, o Senhor Jesus cristo, é uma prova irrefragável e insofismável de que o fato realmente ocorreu. Mesmo que a Bíblia dissesse que foi Jonas que engoliu a baleia, ainda assim eu acreditaria, pois é a palavra de Deus quem está afirmando.O mesmo eu digo em relação ao castigo dos ímpios; se foi Jesus quem disse que o castigo dos ímpios será eterno (Mt 25:46), quem sou eu ou qualquer outro comedor de feijão para contestar? Eu acredito. Não há como contestar a palavra do Senhor Jesus Cristo. O que Ele disse está dito e ponto final. Quer prova maior do que esta?

    “Sempre seja Deus verdadeiro, e todo homem mentiroso” (Rm 3:4). “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar” (Mt 24:35).

    Argumento do irmão Azenilto:

    2a. – Porque Cristo utilizou linguagem hiperbólica, parabólica, em muitas ocasiões ao referir-Se ao destino final dos pecadores, como pode ser visto em Mateus 5:29, 30; Marcos 9:48; bem como no próprio capítulo 25 de Mateus, onde Ele contrasta “bodes” com “ovelhas”.

    R. Elias Soares:

    É verdade que Jesus usava figuras de linguagem, de construção e de pensamento em muitos dos seus discursos e ensinos. Mas vale lembrar que nesse texto de Mt 25:46 , não existe nenhuma dessas figuras e nem mesmo a tal hipérbole sugerida pelo nosso irmão Azenilto Brito. A boa regra de hermenêutica, oriunda da regra fundamental que é: “A Bíblia é a sua própria intérprete”, nos recomenda o seguinte: “devemos, sempre que possível interpretar as palavras no seu sentido usual e comum”, ou seja, não devemos dar um sentido figurado à palavra que possui um sentido literal e nem tampouco dar um sentido literal à palavra que possui um sentido figurado. Parece-me que esta regra não está sendo obedecida pelo meu dileto irmão. Pois eu gostaria de saber onde foi que o irmão Azenilto conseguiu encontrar, no texto de Mt 25:46, o seu frágil argumento hiperbólico? Ora, o fato de Jesus usar argumento hiperbólico nos seus ensinos, não significa, necessariamente, que Ele o tenha usado nessa passagem de Mt 25:46. Se argumentarmos que o castigo dos ímpios não é eterno, pelo fato de, no entendimento do prof. Azenilto, ser um pensamento exagerado, isto é, uma hipérbole, deve-se de igual modo interpretar que a vida eterna não é eterna, mas um exagero do Senhor Jesus Cristo. Pois o adjetivo (aionion) que qualifica o substantivo VIDA (dzoen) é o mesmo que qualifica o CASTIGO (colasin). Se existe hipérbole quanto ao castigo deve de igual modo existir hipérbole quanto à palavra vida.

    Argumento do irmão Azenilto:

    3a. – Porque uma existência eterna em tormento requereria um corpo ressurreto que fosse incorruptível ou indestrutível, e não consta qualquer informação nas Escrituras de que os ressuscitados não-salvos terão tal tipo de corpo (somente os remidos terão corpos incorruptíveis–1 Coríntios 15: 53, 54; Filipenses 3:20, 21).

    R. Elias Soares:

    Agora o nosso nobre irmão Azenilto experimentará do seu próprio veneno. Assim como não está escrito que os ímpios terão um corpo ressurreto incorruptível também não está escrito que eles não o terão. Onde está escrito que eles não terão um corpo incorruptível para sofrerem a pena do castigo eterno? Mas é muito mais lógico acreditarmos que Deus providenciará para eles esse corpo assim como Deus providencia para os anjos quando eles aparecem na terra. Ex: Mt 28:2-4; E, vale lembrar que os anjos são espíritos, ou seja, seres incorpóreos, e, o corpo, por meio do qual, eles apareceram, não era um corpo humano ou corruptível, mas incorruptível. E isso não pode ser contestado. Acrescente-se a isso o fato de Jesus ter dito que o sofrimento ou castigo dos ímpios será eterno. Outro detalhe, Deus é Deus e um dos seus atributos é a ONIPOTÊNCIA.

    Argumento do irmão Azenilto Brito:

    4a. – Porque há outros usos para as palavras “eterno” e “para sempre” com referência, não a um período absolutamente eterno de tempo, mas aos efeitos ou consequências de uma ação, tal como o “juízo eterno” (Hebreus 6:2)—que não se aplica a um processo infindável de julgamento; o “fogo eterno”—que destruiu Sodoma e Gomorra mas não está queimando hoje (Judas 7); “para sempre”, limitado ao período de vida de um homem—Filemon 15 e 16.

    R. Elias Soares:

    Não importa a variedade do uso semântico da palavra eterno na Bíblia, o importante é analisarmos cada uma das ocorrências dentro do seu contexto como nos recomenda a boa regra de interpretação bíblica (hermenêutica). Mas vale lembrar que todo o contexto de Mt 25:46 aponta para o que Jesus realmente disse, isto é, que o castigo dos ímpios será eterno. Igualmente, eu penso que o irmão deve rever o seu conceito de vida eterna e castigo eterno. Eterno, nesse sentido, nada tem haver com tempo infindável ou tempo sem fim, mas TOTAL AUSÊNCIA DE TEMPO. O conceito de tempo é meramente humano e antropomórfico, mas não divino. Deus existe antes do tempo, pois é atemporal. Dentro de sua atemporalidade, por seu grande amor, Ele criou o tempo e nos inseriu dentro desse contexto temporal onde a cronologia tornou-se uma realidade para nós. Mas ao falar de vida ou castigo eterno, do ponto de vista teleológico, Ele nos resgata do tempo, isto é, da temporalidade, e nos insere dentro da atemporalidade onde a cronologia e o fator tempo passam a ter uma linguagem ou expressão totalmente ignota (desconhecida). Portanto, analisar essa questão atemporal partindo de pressupostos temporais e de uma perspectiva meramente humana é no mínimo um absurdum (absurdo).

    Argumento do irmão Azenilto Brito:

    5a. – Porque a linguagem de destruição final dos réprobos na Bíblia é bem clara e detalhada: Salmo 37:10, 20; Sofonias 1:15-18; Malaquias 4:1-3; 2 Tessalonicenses 1:7-10.

    R. Elias Soares:

    Querido irmão Azenilto, o substantivo Olethron, de Olethros, substantivo acusativo masculino singular, não tem apenas o significado de “destruição” como o dileto possa estar imaginando. Visto que ele possui uma variedade semântica é aconselhável que busquemos o sentido de acordo com o contexto da passagem ou daquilo que Jesus disse acerca do castigo dos ímpios o qual será ETERNO. Não eterno no sentido de infindável ou tempo sem fim, mas de total ausência de tempo. Veja alguns significados para o substantivo Olethros: “destruição, ruína, morte”. Vejamos a interpretação para a expressão “Eterna Destruição” (Olethron aionion) que aparece em II Ts 1:9: Eterna destruição (Olethron aionion) caso acusativo em aposição com diken (pena). Esta frase não aparece em nenhuma outra passagem do Novo testamento, porém se encontra em 4 Macabeus 10:45, ton aionion tou turannou olethron, “a eterna destruição do tirano” (Antíoco Epifanes). Destruição (cf. I Ts 5:3) não significa aqui aniquilação, mas como Paulo passa a mostrar, exclusão da presença do Senhor (apo prosopou tou Kuriou) e da glória do seu poder (apo tes doxes tes ischuos autou). Veja como a NVI traduz a passagem em apreço:

    “Eles sofrerão a pena da destruição eterna, a separação da presença do Senhor e da Majestade do seu poder”; ARA “Estes sofrerão penalidade de eterna destruição, banidos da face do Senhor e da glória do seu poder” (II Ts 1:9).

    Veja que o contexto, ou seja, a continuação do versículo 9 é uma cláusula explicativa da sua primeira parte. A destruição eterna, nesse caso, consiste no que está elucidado na segunda parte, a saber: “a separação da presença do Senhor e da majestade do seu poder”. Mais claro que isso, só no retorno glorioso de nosso Grande Deus e Salvador, o Senhor Jesus Cristo. (Tt 2:13). Não obstante, uma vez que o meu dileto e querido irmão gosta de citar Matthew Henry, vou deixar a interpretação que ele faz do texto de II Ts 1:9 para a sua apreciação:

    “Para as pessoas que foram mencionadas aqui, a revelação do nosso Senhor Jesus Cristo será terrível , por causa do destino delas, conforme mencionado no versículo 9. Observe aqui: (1) Eles serão então castigados. Embora a sentença dos pecadores tenha sido temporariamente suspensa muitas vezes, no final eles serão castigados. Sua miséria será um castigo apropriado para os seus crimes e aquilo que mereceram. Eles realizaram a obra do pecado e devem receber o salário do pecado. (2) O castigo deles será a destruição, não da sua existência, mas da sua felicidade. Não somente do corpo, mas tanto do corpo quanto da alma. (3) Essa destruição será eterna. Eles estarão sempre morrendo, ainda que nunca morram. A miséria deles ocorrerá paralelamente com a linha da eternidade. As cadeias da escuridão são cadeias eternas, e o fogo é um fogo eterno. Isso é assim uma vez que o castigo é infligido por um Deus eterno, sobre uma alma imortal, fora do alcance da misericórdia e graça eterna”.

    (Comentário Bíblico do Novo Testamento, página 673 – Matthew Henry).

    Argumento do irmão Azenilto Brito:

    6a. – Porque a comparação da destruição pelas águas do Dilúvio com o que se passará no final dos tempos mediante o fogo, não deixa margem a qualquer dúvida quanto à intenção do autor em falar da destruição total dos não-salvos—2 Pedro 3:1-13.

    R. Elias Soares: Ora, ora, quanta incongruência irmão Azenilto! Se os antediluvianos já sofreram a destruição total, como o irmão afirma, não resta mais nada a fazer da parte de Deus no que diz respeito ao julgamento final. Até onde eu sei, os ímpios se levantarão do pó da terra para serem julgados e condenados definitivamente por Deus (Dn 12:2; Ap 20:11-15). Outro detalhe, o irmão não fez a exegese do texto, mas apenas fez uma “citação”. O verbo apoleto, segundo aoristo do indicativo em voz média de apollumi, tem o significado de “destruir, fazer perecer, levar à morte”. Referindo-se à morte eterna, isto é, ao castigo futuro, à exclusão do reino do Messias. Neste sentido, este vocábulo apresenta o mesmo significado de Apothnesko, “morrer, ser morto, perecer”. Logo, os antediluvianos, em princípio, tiveram como castigo pela desobediência, a morte nas águas do dilúvio, eles pereceram. Daí, dizer-se que eles foram destruídos, quando, na verdade, apenas morreram, pereceram. Pois o pior ainda está por vir. (Dn 12:2; Ap 20:11-15).

    Argumento do irmão Azenilto:

    7a. – Porque a “morte e o Hades” [sepultura] serão lançados no lago de fogo, que é chamado de “segunda morte” (Apocalipse 20:14 e 21:8). Será a morte da morte . . .

    R. Elias Soares: Isso apenas reforça a nossa argumentação, pois a morte e o castigo no inferno são apenas punições provisórias. Todos os ímpios estejam onde estiverem se levantarão e estarão diante do grande trono branco para serem julgados. Eles precisam ouvir o pronunciamento da sentença do Justo Juiz. Se Deus não oferecesse uma oportunidade de defesa e julgamento justo Ele não seria justo. Por isso estabeleceu um dia em que há de julgar com justiça…

    “porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos”. (At 17:31).

    Argumento do irmão Azenilto:

    8a. – Porque não há espaço para o lago de fogo durar eternamente, já que a descrição da “segunda morte” conclui com referência a “novos céus e uma nova terra . . . e o mar já não existe [nem o lago de fogo]” (Apocalipse 20:14 a 21:1 e . Não é dito que o “lago de fogo” salte de sobre a superfície da Terra para alguma parte do universo onde prossegue queimando infindavelmente.

    R. Elias Soares: Provando novamente do mesmo veneno. Também não é dito que o lago de fogo não irá prosseguir queimando infindavelmente. Agora, por que não está escrito que o lago de fogo prosseguirá queimando infindavelmente? Porque esse conceito de queimar infindavelmente é temporal, efêmero e cronológico. Mas como já dissemos anteriormente, o conceito de eterno do ponto de vista de Deus é atemporal, isto é, está inserido dentro de um conceito atemporal, transcendental, onde o fator tempo inexiste. Na eternidade, seja com Deus, seja sem Deus, haverá total ausência de tempo. Nós os salvos estaremos vivendo uma nova realidade, numa nova dimensão para a qual fomos conquistados por Cristo. A salvação implica necessariamente em mudança de reino (Cl 1:13) Fomos transportados para o reino do Filho do amor de Deus e nesse reino, a única coisa que não existe é o fator tempo. É gozo eterno no sentido lato da palavra. Pensar nisso a partir de uma perspectiva temporal é inefável. Para os ímpios, da mesma sorte, o tempo deixará de existir. Eles estarão numa eternidade de sofrimento e condenação. Não haverá essa ideia de temporalidade, de dias, anos, eras, etc. Será um estado eterno. Tudo isso é simplesmente inefável.

    Argumento do irmão Azenilto:

    9a. – Porque Jesus fala da punição final sendo liquidada, e não eternizada (Mateus 5:26; 18:30).

    R. Elias Soares:

    Que interpretação forçada é essa irmão Azenilto? Será que Mt 5:26 e 18:30 tem haver com o Juízo final? Ora se essa realidade pode ser literalmente aplicada no sentido teleológico, diríamos, em tese, que o irmão está defendendo a DOUTRINA DO PURGATÓRIO ou o UNIVERSALISMO. Pois de acordo com essas passagens, a partir do momento que os ímpios ou desobedientes pagarem o tempo de castigo estabelecido para a pena do seu pecado eles sairão do castigo, isto é, do lago de fogo. O que stá completamente fora de discussão. Veja o que diz esses textos:

    “Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz, ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão.
    Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo”. “Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida”.
    (Mt 5:25,26; 18:30).

    Veja se a sua interpretação é coerente! Quer dizer que quando o ímpio pagar o último centavo da sua dívida ele irá sair do lago de fogo? O texto de Mt 18:30 é ainda mais gritante analisando do seu ponto de vista. Veja o que ele diz: “…indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida”. Será que uma vez saldada a dívida o ímpio sairá do castigo? Das duas uma, ou o irmão está pregando a doutrina do purgatório ou o universalismo, os quais são totalmente antibíblicos.

    Argumento do irmão Azenilto:

    10a. – Porque, como apresentado nas Escrituras, o caráter divino de amor e justiça é incompatível com a noção de bilhões de criaturas vivendo eternamente em tormentos, sendo assim preservadas pelo próprio Deus, pois “Nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (Atos 17:28). A vida de todas as criaturas (inclusive dos animais—Salmo 104:25-30) depende de Deus em todos os momentos e sob todas as circunstâncias.

    R. Elias Soares:

    Admira-me que o irmão Azenilto, um conhecedor da palavra de Deus, possa estar atribuindo a Deus um ato de injustiça pelo fato dele punir as suas criaturas que, durante toda a sua vida tiveram a oportunidade de decidir onde iriam passar a eternidade e, maldosamente e deliberadamente, escolheram passá-la ausentes de Deus. Ora, não é Deus que quis ou que escolheu essa condição para os ímpios, mas eles mesmos. Deus apenas executará o juízo e a vontade deles.

    “Quem és tu, ó homem, para discutires com Deus?! Porventura, pode o objeto perguntar a quem o fez: Por que me fizeste assim?” (Rm 9:20).

    Por outro lado, não se esqueça de que Deus, além de ser justo, é Soberano e não deve satisfação para ninguém.

    Concluímos, portanto, que O CASTIGO DOS ÍMPIOS SERÁ ETERNO ASSIM COMO A VIDA DOS JUSTOS SERÁ ETERNA. Não percamos de vista que Jesus disse que a vida será eterna assim como o castigo será eterno. Não há o que contestar. Foi Jesus quem disse. A questão é saber com quem devemos ficar com Jesus e a sua palavra ou com as ilações e conjecturas de alguns? Notem que: A VIDA É ETERNA (dzoen aionion) e O CASTIGO É ETERNO (colasin aionion). Vejam que o adjetivo (aionion) que qualifica o substantivo vida (dzoen) é o mesmo (aionion) que qualifica o substantivo castigo (colasin). Se a vida é eterna o castigo, de igual modo, será eterno. Mas se o castigo não será eterno, segue-se que a vida também não será eterna. Mas tanto a vida quanto o castigo serão eternos. Pois é o mesmo adjetivo (aionion), no mesmo versículo, no mesmo texto, no mesmo contexto (teleológico), dito por Jesus. Agora é apenas uma questão de escolha, com quem você quer ficar? Não há o que contestar, O CASTIGO DOS ÍMPIOS SERÁ ETERNO. Isso de uma vez por todas, tenho certeza, ANIQUILA O ANIQUILACIONISMO.

    e-mail: eliassoares.responde@ig.com.br
    Abraços!

    Atte.

    Elias Soares

  3. O erro está na tradução ou por ´´Tormento“ ou ´´Castigo“ eterno (Aionios), pois no Original grego está Kó.la.sin que não tem sentido como Tormento, mas como Cortar ou Decepar, como diz tal dicionário o: The Emphatic Diaglott reza “decepamento” em vez de “castigo”. Uma nota ao pé da página declara: “Kolasin . deriva-se de kolazoo, que significa,1. Decepar; como no truncamento de ramos de árvores, podar. 2. Restringir, reprimir. 3. Castigar, punir. Extirpar alguém da vida, ou da sociedade, ou mesmo restringir, é tido como castigo.

    Se fosse Tormento em Mateus 25:46 a palavra em grego seria BA.SA.NI.ZO que é tormento, torturar,restringir e encarcerar, mas como é KÓ.LA.SIN que tem haver com : punição de decepar ou cortar, a correção do texto seria: E IRÃO ESTES PARA ´´DECEPAÇÃO“ ETERNA (OU ATÉ ´´CORTADOS“ DA VIDA PARA SEMPRE), MAS OS JUSTOS RESSUCITARÃO PARA (GANHAR) A VIDA ETERNA.

  4. Kólasin Aionios não tem nada haver com “Tormento Eterno”, tem haver com “Decepar,cortar,punir e punição, e a punição é essa para os não salvos: “E irão estes para “DECEPAÇÃO ETERNA” (sendo mortos definitivamente) MT 25:46. As provas que dão ideia da “Aniquilação” são muitas, mas coloco o fim do diabo(raiz) e ímpios(ramos): Mal.4:1-3 Salmos 37:9,10,20 Hb 2;14 Rm 16:20 e Eze. 28:18,19 mas se oque diz Jer.51:39,57 e Isaías 26:13,14 já foi um “acontecido” podemos provar que a maioria da humanidade não irão nem “ressuscitar”, pois talvez não mereça, pois não estariam no “plano divino” para ressurreição como declara o texto de Dn 12:2 que fala “MUITOS” do que dormem, isto é “NÃO É TODOS QUE DORMEM IRÃO RESSUSCITAR”. O plano é talvez dos “servos” justos e injustos (João 5:28,29). Numa teoria os justos para vida eterna, mas os injustos para serem castigados? ainda não se Isaías 26:13,14 for no futuro é uma grande possibilidade do “injustos” terem uma segunda chance por que antes no texto de Isaías 26:10 fala que “Deus mostrara o caminho correto ao impio, mas se voltar a rejeita-lo este morre pela segunda vez definitivamente(que representa o “lago de fogo simbólico-Apo.20:14). Os mortos que estão na sepultura(hades) tem a esperança de ressurreição, mas os que estão na sepultura geena(destruição eterna) não tem esperança, isso se Jer.51:39,57 e Isaías 26:13,14 foram coisas acontecidas. O lago de fogo é simbólico a o ler Apo. 20:14 mas antes já falasse dele antes do milênio sem cabimento “literal” apanhando dois em Apo.19:20, mas tanto a besta(religião falsa) e o falso profeta(política) são simbólicos. Outras evidencias que Deus talvez não irá punir “eternamente em torturas” são as leis do pecado que está em Rm 6:7,23, fora que Deus nem mesmo poderia prejudicar com crueldade um ímpio , pois ele não tem “prazer” na morte do ímpio como diz Eze.18:23 e 33:11 e por que se diz amoroso (1 João 4:8).

  5. Respondendo ao Elias Soares.

    Na refutação da razão 1: A palavra Kolasin significa cortar decepar, este é seu principal significado. O segundo significado é punição, o que difere de sofrimento como foi colocado. Existe diferença entre sofrimento e punição. Ou seja, o significado da palavra usada sequer condiz com a tradução do hebraico para Kolasin.

    A razão 2 ficaria melhor explicada se considerássemos que houve uma adulteração no sentido das palavras dos textos originais em grego e hebraico.

    Na refutação da razão 3: Realmente a bíblia não afirma que os condenados não terão um corpo incorruptível, mas corpo incorruptível significa corpo sem pecado, sem defeitos, posto que é a corrupção do pecado que leva a morte. Então não existe corpo incorruptível purgando pecados. Desejar que os pecadores, que cometeram pecados limitados, paguem eternamente por eles é dar a vitória e o domínio ao diabo sobre estas almas. E anjos que são encarnados não servem de comparação, é um fato totalmente sui generis.

    Na refutação da razão 4: O sentindo de Kolasin, utlizado em Mateus 25:46 já foi explicado.

    Na refutação da razão 5: O Elias Soares acaba por ratificar o que foi dito, quando fala “Veja alguns significados para o substantivo Olethros: “destruição, ruína, morte”. Vejamos a interpretação para a expressão “Eterna Destruição” (Olethron aionion) que aparece em II Ts 1:9: Eterna destruição (Olethron aionion) caso acusativo em aposição com diken (pena).”
    Enfim, citar Macabeus e texto da NVI para rebater qualquer doutrina biblica é brincadeira de mal gosto. Você cita texto apócrifo para refutar a bíblia? E a NVI é a tradução da tradução da tradução, por isso o real sentido da palavra vai se perdendo. Eu apostaria que você é católico e certamente não sabe que houve alterações no sentido de algumas palavras quando se traduziu a bíblia do grego e do hebraico para as outras línguas.

    A razão 6 para mim foi apenas uma comparação infeliz.

    Na refutação da razão 7: Realmente o inferno é apenas uma punição provisória, mas quando a bíblia fala de punição eterna, como em Apocalipse 20:10, ela deixa expresso, claro. E fala que a besta e o falso profeta, juntamente com o diabo sofrerão tormento eterno. E quando fala que a alma dos que não estão inscritos no livro da vida serão lançadas no lago de fogo, cita-se no versículo anterior a segunda morte.

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